Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso

COMUNICADO DA COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO AVE
publicado a 1 de abril de 2020

Região Norte é a mais afetada do país pela pandemia COVID-19 e não é prioridade no Plano Preventivo do Governo de Portugal.

Guimarães, 31 de Março de 2020

De acordo com o Relatório de Situação da Direção Geral de Saúde publicado no dia 31 de março de 2020, a Região Norte é a zona mais afetada do país, contabilizando um total de 4452 casos, número superior a todas as outras regiões do país juntas, incluindo os Arquipélagos dos Açores e Madeira. Ainda de acordo com este boletim, entre as dez cidades mais afetadas pela pandemia COVID-19, oito pertencem à Zona Norte.

No dia 30 de março de 2020, o Governo de Portugal anunciou e colocou no terreno um Plano Preventivo de combate à COVID-19, que prevê a realização de testes em lares de idosos, a população mais afetada à escala mundial, por esta pandemia. Com grande surpresa, Évora, Guarda, Algarve, Aveiro e Lisboa surgem como prioridades na distribuição geográfica dos testes à COVD-19.

Embora ainda não seja conhecido o número exato de infetados nestas instituições, nem a localização geográfica das mesmas, a verdade é que a Zona Norte é a região mais afetada do país e não está contemplada nas prioridades da referida distribuição de testes à COVID-19.

Perante este cenário, a CIM do Ave e os oito municípios que a constituem - Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela – vêm por este meio demonstrar o seu desagrado com esta decisão do Governo, afirmando a sua total solidariedade para com as Instituições da Zona Norte.

A decisão de não começar a testar lares de idosos nos Distritos que registam mais casos de COVID-19 é imprudente, incompreensível e pode ser, em última instância, irreversível. Sabendo da escassez dos recursos disponíveis para o combate a esta pandemia, a CIM do Ave e os oito municípios que a constituem reconhecem o esforço e a dedicação do Governo de Portugal perante o panorama atual, mas apelam a uma resposta urgente e mais eficaz das Autoridades de Saúde nas zonas mais afetadas do país, combatendo o surto onde ele tem maior e mais dramática expressão.

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