Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso

Autarquia e escolas povoenses aderem ao Plano Nacional das Artes
publicado a 14 de setembro de 2023

Frederico Castro, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, assinou, na manhã de ontem, 13 de Setembro, o protocolo de Cooperação entre o Município e as Escolas do concelho e o Plano Nacional das Artes (PNA).

Esta sessão, que decorreu no Theatro Club, contou com a presença do Comissário Nacional do Plano Nacional das Artes, Dr. Paulo Pires do Vale, da Diretora do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio, Dr.a Luísa Sousa Dias, do diretor do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, Dr. Ângelo Dias e da Diretora da EPAVE, Engª. Paula Antunes e de inúmeros professores e professoras destes estabelecimentos de ensino. Também presente, esteve o Dr. António Pereira, Diretor do Centro de Formação Sá de Miranda.

Na conferência de abertura, o responsável do executivo povoense, Frederico Castro, agradeceu a todos/as os/as presentes a participação nestas jornadas e continuou a sua alocução dizendo “aos/às parceiros/as com quem vamos assinar hoje estes protocolos que é uma felicidade muito grande perceber que esta iniciativa que tivemos e que levamos a cabo tem esta adesão e esta correspondência, por parte da sociedade e por parte dos Agrupamentos de Escolas e da EPAVE e por parte do Plano Nacional das Artes.

Deixou à imensa e atenta plateia o seguinte repto: “queria desafiar as escolas a integrar nos seus planos culturais iniciativas que possam fazer parte do programa das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, para, por lado, vincarmos o que foi o 25 de Abril e a importância que teve essa revolução para a sociedade que somos hoje.” E continuou explanado que “esta será uma oportunidade para passarmos aos mais jovens um conhecimento que possam levar ao longo da vida, e por sua vez o possam passar também, daqui a 50 anos, àqueles que lhe seguirão.”

E finalizou, dizendo: “Tenho, de facto, uma grande expectativa em relação a estes protocolos, e ao trabalho que vamos desenvolver pois, seguramente, irá dar frutos e assegurar e preservar não só o que já fizemos até hoje, mas aquilo que nós pretendemos que fique como uma espécie de herança para as gerações para as quais temos trabalhado.”

“Devemos descentrar-nos para percebermos que o lugar onde estamos é que é o lugar [onde está cultura], foi este o mote que deu ao Plano Nacional das Artes a clara consciência de olharmos para o quilómetro quadrado cultural onde estamos e de valorizarmos essa área e não a ideia de “vamos levar cultura”, pois já há cultura em todo o território”. Foi com estas palavras que o Comissário Nacional das Artes começou a sua intervenção e continuou, vincando que “este Plano não parte de uma angariação de força dos seus agentes ou de qualquer instituição, mas do elogio da fragilidade da falta, da falha, da procura. O PNA existe para quebrar as barreiras criadas pela força e para isso nós precisamos de perceber que precisamos de outros, e precisamos de transformar as instituições, quaisquer que elas sejam em extituições. Precisamos de criar pontes entre todas as elas, desde as escolas, o município, o teatro, as associações culturais, as bandas filarmónicas, envolvendo escolas, alunos, funcionários, os pais, toda a comunidade.”

Congratulou-se com a iniciativa da Câmara Municipal ter envolvido os Agrupamentos de Escolas e a EPAVE neste projeto e reforçou a ideia que “o lugar da aprendizagem e da cultura é o lugar onde estamos”, e neste seguimento chamou ainda a atenção para a envolvência do jovens defendendo que “eles “são” o presente e devem fazer do parte do presente”, deixando de lado a ideia preconcebida de que eles só terão um papel importante no futuro.

A assinatura deste documento decorreu à margem das I jornadas POVOAR.TE que o Município organizou em colaboração com o Centro de Formação Sá de Miranda.

Para a segunda parte da manhã estava agendada a intervenção do Prof. João Meireles, Diretor Pedagógico do Colégio Machado Ruivo, de Vila Nova de Famalicão, que veio apresentar o Projeto Cultural da sua escola, numa perspetiva de partilha de experiências. Seguiu-se a apresentação do projeto do Agrupamento de Escolas Alcaides de Faria, de Barcelos, “Festival Barro à Parede”, apresentado pelas professoras Isabel Araújo, Susana Silva e Paula Ribeiro e pelo professor Jorge Lima.

Na parte da tarde, sob a coordenação da Dr.a Maria Luísa Oliveira, Gestora da Academia PNA e das coordenadoras intermunicipais do PNA, Dr.a Joana Félix e Dr.a Susana Leite, decorreu um workshop.

O PNA tem como objetivo tornar as artes mais acessíveis aos cidadãos, em particular às crianças e aos jovens, através da comunidade educativa, promovendo a participação, fruição e criação cultural, numa lógica de inclusão e aprendizagem ao longo da vida.