De 18 a 22 de junho, o parque do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos acolhe cerca de uma dezena de artistas que vêm de Portugal e do estrangeiro, que participam na segunda edição da Ecoarte.
Valorizar e preservar o Carvalho de Calvos com esta proposta eco amigável é um dos objetivos, segundo afirmou o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Avelino Silva, já no final da apresentação desta iniciativa. “Temos um património único, que está aqui representado pelo Carvalho, que estamos empenhados em dar a conhecer e que queremos preservar. Temos divulgado o nosso património, através de atividades como as caminhadas, para que pessoas de dentro e de fora do concelho conheçam aquilo que de melhor existe na Póvoa de Lanhoso”, referiu. “Tudo faremos para que a Póvoa de Lanhoso seja o ex libris dos concelhos de baixa densidade”, assegurou ainda Avelino Silva.
Por estes dias, artistas locais (Rosa Simões, Anabela Fernandes e Nigel Cave), nacionais (Joana Fernandes, Ana Brandão e Maria Domingues) e estrangeiros (Aleksandra Rankovic da Sérvia; Milita Marinho de Espanha, Serena Barbieri de Itália; e Gustavo Romeiro do Brasil) participam no desafio de criarem instalações artísticas a partir de materiais orgânicos fornecidos pelo Município, num ambiente de tranquilidade e inspiração para a criação artística.
Pretende-se ainda promover a interação entre a comunidade escolar, a comunidade em geral e os/as artistas.
A apresentação decorreu junto ao Carvalho, na manhã de 15 de junho. Para além do Presidente da Câmara Municipal, estiveram presentes o Vereador do Ambiente, André Rodrigues, e a Vereadora Gabriela Fonseca, assim como Ricardo Martins do Laboratório da Paisagem (Guimarães), entidade parceria nesta iniciativa.
Ainda restam e podem ser desfrutadas algumas das obras realizadas na primeira edição, em 2016. Nas palavras do Vereador André Rodrigues, a expectativa é de que se repita o sucesso da primeira edição.
Aparentando estar de boa saúde, o Carvalho de Calvos, Carvalha Grossa ou Carvalha da Fondoua, nomes pelo qual este carvalho é vulgarmente conhecido, é um carvalho alvarinho, da família das Fagáceas, do género Quercus, da espécie Quercus robur L.
Este carvalho, classificado como Árvore de Interesse Público em 1997, é provavelmente o maior carvalho do país, apresentando um perímetro do tronco na sua base de 12 metros, uma copa com o diâmetro de cerca de 40 metros e uma altura aproximada de 30 metros.
Estima-se que pela sua idade (cerca de 500 anos), a avaliar pelo seu porte, em função da reduzida taxa de crescimento, seja o Carvalho mais antigo da Península Ibérica e o segundo mais antigo da Europa.
No parque do Carvalho de Calvos existe o Centro de Interpretação com o observatório do Carvalho de Calvos e com objetivos de educação e sensibilização ambiental a todas as idades e públicos.