Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso

Concurso Nacional de Teatro continua na Póvoa de Lanhoso com comédia e absurdo
publicado a 7 de fevereiro de 2019

Dois espetáculos - um de comédia e um de teatro de absurdo - sobem ao palco do Theatro Club da Póvoa de Lanhoso, para mais um fim-de-semana de Concurso Nacional de Teatro (CONTE).

Assim, amanhã, sexta-feira, 8 de fevereiro, sobe a palco a peça "Uma história que não lembra ao diabo" pelo Grupo Dramático e Recreativo da Retorta (Valongo). Esta produção tem adaptação e dramaturgia do grupo (a partir de “A feira” de Maria de Lourdes Ramalho). A encenação é de Elisabeth Trindade. Destina-se a maiores de seis anos.

No sábado, 9 de fevereiro, é a vez de o TIL - Teatro Independente de Loures apresentar “Retalhos de um homem”, com texto de Jaime Salazar Sampaio e encenação de Carlos Paniágua Féteiro. Destina-se a maiores de 12 anos.

O Concurso Nacional de Teatro é organizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e pela Federação Portuguesa de Teatro (FPTA) com apoio da Fundação INATEL.

Nove companhias de todo o país sobem a palco com outras tantas produções. O certame conta com 12 prémios, sendo de destacar o Prémio Ruy de Carvalho (patrono do CONTE), para a melhor produção.

Todos os espetáculos têm o início marcado para as 21h45, no Theatro Club da Póvoa de Lanhoso. O CONTE termina no dia 2 de março, com a gala de encerramento e entrega de prémios.

 

"Uma história que não lembra ao diabo"

Num recinto de uma pequena feira de uma cidade do interior encontram-se, entre outros, dois malandros, uma família sonhadora que não tem onde cair morta, um compadre simplório que desaparece sem deixar rasto, um cego sem guia, um aleijado que não manca, um fotógrafo que tem uma máquina que corta pernas, um leque de vendedores insolentes e vigaristas, um fiscal armado ao pingarelho, um doutor dentista carniceiro, uma cigana que a sabe toda e uma meretriz capitalista e danada para os negócios.

O que é que todas estas personagens têm em comum?

Que querem da vida? Porque é que se cruzaram naquele dia de feira? Terá sido por acaso?

Ele há coisas que não lembram ao diabo… Mas há quem diga que o diabo andou a fazer das dele, nesta história. E, por falar em história, querem vir à feira?

 

“Retalhos de um homem”

Pescamos por entre bocados de memórias e reflexões que levam aos “mistérios do universo”: o amor, a infância, a juventude, a solidão, certas entidades... Este homem tem uma ordem para os seus retalhos. Ou será outra? Está sozinho ou consigo próprio? Espera alguém ou ainda não se desprendeu da sua lembrança? Avança com alegria ou a tristeza não tem dias de saída...? Lembramo-nos das palavras do autor: “(...)Certas perguntas, segundo suponho, não têm resposta, de tal modo é absurdo um tipo nascer, seguir pela estrada fora a apanhar bonés e depois, truca. Adeusinho.”

E depois caminhamos, por entre as árvores no meio das folhas caídas…

Este espetáculo resulta da junção de peças curtas e excertos de outras peças que este grupo apresentou desde 1997, fruto de uma intensa e continuada colaboração com o autor.

 

Informações e reservas:

theatro.club@mun-planhoso.pt