Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso

Galeria do Theatro Club apresenta exposição “Rapsódia” de Clemente de Araújo
publicado a 5 de fevereiro de 2019

“Rapsódia” é como se designa a exposição de Clemente Araújo, que está patente, na galeria do Theatro Club da Póvoa de Lanhoso, até 23 de fevereiro. Trata-se da primeira mostra deste artista Povoense, “recém-descoberto”.

“É isso que pretendemos, dar oportunidade aos Povoenses para que divulguem os seus talentos”, refere a Vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, revelando que a dinâmica da Autarquia ao nível da Galeria do Theatro Club passa pela apresentação, todos os meses, de uma mostra diferente. “Temos muitos pedidos para exporem aqui na Galeria, mas nós temos de dar prioridade aos Povoenses. E mostrar que temos muita gente com uma veia artística, sem formação, autodidatas, capaz de fazer trabalhos belíssimos e esta exposição demonstra isso mesmo”, revela ainda Gabriela Fonseca. “Se não fosse desta forma, ninguém sabia que existia um Clemente capaz de fazer coisas tão bonitas a partir de cacos, de bocados de madeira…Estes cacos têm muita história da Póvoa de Lanhoso, de Verim, são de pratos, de malgas, e todos eles encerram uma história em si e ele consegue, deste pequeno lixo, fazer luz…”, considera.

Até ao final deste ano de 2019, o agendamento de exposições na Galeria do Theatro Club está completo e fechado, versando áreas diferentes, como a pintura ou o traje, por exemplo.

A abertura de “Rapsódia” realizou-se na tarde de 2 de fevereiro na presença, de entre outras, de familiares, amigos e convidados do artista Povoense, como o impulsionador desta mostra, José Augusto Veloso, seu conterrâneo e amigo de infância, que “descobriu” o talento de Clemente de Araújo e que o convenceu a partilhá-lo com o público.

“Rapsódia” integra um conjunto de 75 objetos decorativos, que vão desde uma mesa a um candeeiro, passando por quadros ou barcos. São peças elaboradas por Clemente Araújo a partir de restos, como cerâmicas partidas ou madeiras, cascas de cortiça ou raízes. Só no dia da abertura desta exposição, mais de metade dos trabalhos foi vendida, o que, não sendo uma situação inédita naquele espaço é, seguramente, muito rara.

Natural da freguesia de Verim, Póvoa de Lanhoso, Clemente Alberto Vieira de Araújo, após completar o antigo ensino primário, fez-se ao Porto, onde esteve cerca de seis anos, tendo aí feito o antigo ciclo preparatório. Já adulto passou cerca de 12 anos em New Bedford, Estados Unidos, onde constituiu família e trabalhou na área da jardinagem e na área hospitalar. Regressado ao seu país, há cerca de 26 anos, com o filho Tiago, de quem muito se orgulha, trabalhou em Braga no ramo farmacêutico. Atualmente, vive na sua terra natal, numa linda casa rústica que restaurou e, para além de se dedicar ao tratamento do seu quintal e à área da jardinagem, passa o seu tempo livre dedicando-se àquele amor que o persegue desde menino: fazer dos restos velhos maravilhosas “coisas novas”, que ia guardando nos recônditos da sua casa. Até que um amigo de infância, também ele regressado à sua terra natal, descobriu essas “coisas novas” e o convenceu a mostrá-las ao público.       

 

Galeria de exposições do Theatro Club
Largo António Lopes - Póvoa de Lanhoso

Horário de Funcionamento

De terça a sexta-feira: 9h00-12h30 / 14h00-17h30

Em dias de espetáculo: 20h30 – 23h30