A Semana Maria da Fonte, apresentada no passado dia 4 de Novembro, no CIMF, encerrou nesta terça-feira, dia 14, no Centro Cultural de Belém, com a segunda récita da estreia moderna da Opereta Maria da Fonte, à qual assistiram o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, os Vereadores Paulo Gago e Ricardo Alves, além do Presidente da Assembleia Municipal, António Queirós.
Com um ciclo de conferências cujo mote era “A Mulher portuguesa e a multifuncionalidade do seu papel no decurso da História", que decorreu em vários momentos e locais, houve espaço no palco para as Marias da Fonte, que deram testemunho, ao vivo, da sua força e trabalho. Foi o caso dos dias 8 de Novembro, no Museu Nacional do Traje, em que o painel se compôs exclusivamente com mulheres povoenses e, no dia 10, na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em que outro exemplo de empreendedorismo feminino da Póvoa de Lanhoso foi testemunhado pela empresária do setor da saúde, Soledade Guimarães, juntando-se ao painel das convidadas fafenses.
Enaltecendo a força e a determinação das mulheres, como foi o papel da Maria da Fonte no decurso da história, estas foram oportunidades para refletir sobre temas tão atuais como os respeitantes às questões de género e da igualdade, entre outros.
No dia 12, no período da manhã, foram apresentadas as conclusões das conferências, no Centro Cultural de Belém, sessão que contou com a participação da Vice-Presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira e, pelas 17 horas, no grande auditório daquele espaço teve lugar a tão esperada estreia da Opereta Maria da Fonte, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, à qual assistiram mais de 1600 pessoas.
O segundo espetáculo, cuja apresentação teve lugar no dia 14, destinou-se ao público escolar e a pessoas mais velhas e observou, também, as necessidades previstas para a inclusão de todos/as quantos/as assistiram, com Áudio Descrição (AD) e Tradução em Língua Gestual Portuguesa (LGP).
A opereta Maria da Fonte, que estreou no Teatro da Trindade no remoto ano de 1879, foi recuperada pelo Laboratório de Ópera Portuguesa, tornando-se no momento cultural da atualidade. Todos os “palcos” nacionais trouxeram para a ribalta a Maria da Fonte, enaltecendo a força da heroína povoense, tonando este espetáculo da numa experiência cultural inesquecível.