A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso continua o combate à vespa asiática (Vespa velutina) e, em resultado desta ação, entre maio de 2018 e fevereiro de 2019, foram identificados e destruídos 219 ninhos de vespa velutina e contabilizados 29 falsos alarmes, dado que eram ninhos inativos ou ninhos de vespa crabro, espécie autóctone.
Este combate pode ser feito através da deteção e destruição de ninhos ou através do impedimento da formação de novos. Os ninhos destruídos na Póvoa de Lanhoso continuam a surgir, na sua maioria, nas árvores em zonas rurais, mas também em telhados e interiores de habitações, anexos, muros e no chão.
É de registar ainda uma maior preocupação e informação da população em relação a este assunto, o que é essencial para a deteção dos ninhos, principalmente quando se trata de ninhos primários, que aparecem a partir de março/abril e cuja destruição permitirá reduzir a propagação da colónia.
A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso alerta ainda, em especial os apicultores, para a colocação de armadilhas, nesta altura do ano, para impedir a formação de novos ninhos e a proliferação desta vespa destruidora.
A colocação de armadilhas na envolvente dos apiários, principalmente nos locais onde nos anos anteriores se observou a presença de ninhos de vespa asiática, é crucial para um combate eficaz e uma redução significativa de ninhos. As armadilhas deverão utilizar um isco à base de açúcares e proteínas e é importante que sejam o mais seletivas possível, sob pena de se capturarem muitos insetos não alvo, inclusive as abelhas, com as consequências que daí advêm. Na exterminação dos ninhos não devem ser usadas armas de fogo, pois este método só provoca a destruição parcial do ninho e contribui para a dispersão e disseminação da vespa asiática por constituição de novos ninhos.
A Câmara Municipal agradece à população e juntas de freguesia pela informação atempada da localização dos ninhos, assim como aos vários agentes que colaboraram na sua destruição.
A vespa asiática é prejudicial do ponto de vista ambiental e económico, porque aniquila a abelha europeia (Apis mellifera), produtora de mel, com todas as consequências que daí advêm: a diminuição da produção de mel e seus derivados; e a diminuição da polinização vegetal, pondo em risco a biodiversidade. De salientar, no entanto, que não se trata aqui de um risco acrescido para a saúde pública, pois os perigos que estas representam são idênticos aos das vespas autóctones.
Esclarece-se ainda que a Vespa velutina é uma espécie diurna, com um ciclo biológico anual, que apresenta a sua máxima atividade durante o verão. A partir de fevereiro, os ninhos ainda existentes encontram-se danificados e sem qualquer tipo de atividade, pelo que não há necessidade de serem destruídos. A nova época de combate terá início a partir de maio/junho.