Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso

SIGO apresenta trabalho realizado realçando o papel da rede de parceiros
publicado a 30 de novembro de 2023

O Salão Nobre dos Paços do Concelho recebeu, na manhã de ontem, as entidades parceiras do SIGO da Póvoa de Lanhoso para a reunião anual deste Serviço, na qual foram apresentadas as atividades levadas a efeito durante o ano de 2022.

Os trabalhos desta reunião foram abertos pela Vice-Presidente e Vereadora com responsabilidades nesta área, Fátima Moreira, que agradeceu a presença de todos/as parceiros desta rede, referindo-se ao trabalho de todas as entidades como sendo imprescindível para a realização das atividades planeadas, mas, mais importante ainda, para o apoio às vítimas, nas suas várias vertentes, no dia-a-dia.  Aproveitou para sublinhar que “o SIGO só funciona porque a rede de parceiros funciona, e bem, tal como tem vindo a funcionar até aqui. Vamos continuar a apostar neste trabalho, vamos continuar a trabalhar convosco, pois este é um trabalho que nunca termina.”

Fatima Moreira referia-se, neste ponto, ao papel crucial da GNR, do Ministério Público, do Centro de Saúde, dos Bombeiros Voluntários, da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, do ISAVE, das IPSS’s, da Segurança Social, entidades presentes e às quais agradeceu pela sua envolvência, desejando que este trabalho da rede de parceiros perdure.

A apresentação das atividades desenvolvidas esteve a cargo da Técnica do SIGO, Carla Melo, que ao longo do(s) último(s) ano é a responsável pelo Serviço para a Promoção da Igualdade de Género e de Oportunidades (SIGO).

Começando por realçar que todo o trabalho só foi e é possível realizar porque as entidades são parceiras, de coração e no terreno, continuou com uma contextualização dos dados do Relatório Anual de Segurança Interna 2022, que demonstram o aumento do número de denúncias de violência doméstica, em todos os distritos e regiões autónomas, durante esse ano.

Na Póvoa de Lanhoso, em contra ciclo, os números registados nos anos anteriores (2020 e 2021) é que demonstram uma subida, aferindo-se que o motivo se poderá relacionar com o facto de o SIGO da Póvoa de Lanhoso disponibilizar um serviço de atendimento e acolhimento com carater permanente, 365 dias/ano e 24h/dia, através do nº 961 586 244, o que em tempos de pandemia, promovia e facilitava os contactos por parte das vítimas que se encontravam confinadas no mesmo espaço que o/a agressor/a.

Durante o ano em análise, o SIGO registou a denúncia de 62 vítimas, das quais 20 em horário pós-laboral, tendo ainda, no mesmo período, sido integradas 7 pessoas em Casas Abrigo.  Quanto às atividades realizadas, além das que foram planeadas no âmbito do projeto IGUALIDADES que se circunscreveram ao ano de 2022, a algumas delas está a ser dada continuidade. As ações que semanalmente são realizadas com crianças e pessoas idosas, são uma marca da vertente preventiva do SIGO, área em que o serviço realizou 83 atividades que alcançaram diretamente 2546 pessoas, às quais acresce aquelas que participaram e assistiram a atividades realizadas em contexto de rua.

2022 foi também o ano em que, mais uma vez, a Póvoa de Lanhoso recebeu o prémio “Viver em Igualdade”, a distinção que demonstra o trabalho de excelência feito neste domínio. Esse trabalho de excelência fundamenta, também, os convites que a autarquia tem vindo a receber, no que toca à participação em ações para partilha de boas práticas, quer a nível regional, quer nacional.

Fazendo parte do Programa da XIII Semana Municipal para a Igualdade de Género e Oportunidades, esta reunião foi ainda o momento de realçar a realização do VIII Café Concerto Inclusivo, no dia 5 de Dezembro que contará com a presença da Secretária de Estado da Inclusão, Dra. Ana Sofia Antunes.

Referida foi também a apresentação pública, que terá lugar amanhã, da Rota dos Monumentos Inclusivos, na qual serão apresentados os monumentos que passam a estar dotados de informação acessível a todos, em braille, áudio e língua gestual.

O SIGO é já uma presença incontornável no fenómeno de luta contra a violência doméstica, no que diz respeito à sua prevenção e à sua desocultação, quer com o número de vítimas apoiadas e acompanhadas, quer com o número de ações de sensibilização realizadas, numa tentativa, que tem de ser eficaz, de alterar consciências.