No passado domingo, dia 7 de Abril, o Theatro Clube da Póvoa de Lanhoso recebeu parte do elenco que na véspera apresentou, em Fafe, em estreia moderna no Minho, a opereta “Maria da Fonte”.
A conversa, amena e coloquial, foi moderada por Jenny Silvestre, diretora do Laboratório de Ópera Portuguesa que foi a entidade promotora da recuperação desta obra tão emblemática que não via a luz do dia há mais de 140 anos.

Do painel de oradores fez parte o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, assim como o vogal do Conselho de Administração da OPART, entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos, Dr. Rui Morais.

O maestro João Paulo Santos, diretor musical do projeto, explicou aos/às presentes o trabalho de edição realizado sobre os manuscritos originais que se encontram depositados na Biblioteca Nacional de Portugal.

Por seu lado, o dramaturgo e encenador Ricardo Neves-Neves deu continuidade à conversa partindo deste ponto para explicar o processo de criação do libreto moderno, da sua autoria.
Com estas intervenções foi possível aos presentes tomar conhecimento da importância histórica desta produção de grande envergadura, que eleva a importância da Maria da Fonte a nível nacional, lembrando a todos a força e garra das gentes das Terras de Lanhoso.

O momento não terminou sem a apresentação de alguns números musicais pelos quatro cantores principais, Cátia Moreno, Eduarda Melo, Marco Alves dos Santos e Luís Rodrigues, acompanhados ao piano pelo próprio maestro João Paulo Santos.

Deu-se, assim, por concluída a primeira fase do Projeto Maria da Fonte no mesmo local onde tudo começou em Novembro passado, no complexo onde se encontra o Centro Interpretativo da Maria da Fonte. A ideia, abraçada desde o início pelo executivo povoense, envolveu de forma inédita as gentes da Póvoa, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, o Centro Cultural de Belém, assim como um conjunto alargado de coprodutores e mecenas.